Jn A Cidade 11 ago 2002
Coronel defende 40 horas para PMs
Com uma campanha baseada em poucos recursos, porém com muita disposição, o candidato à Câmara Federal Coronel Almir Porto (PPS), tem como carro chefe de sua candidatura a defesa de benefícios para a Polícia Militar e Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Para o coronel Porto as melhores condições de trabalho para estas categorias são primordiais e com isso quem saíra ganhando é a sociedade.
Falta de reajuste salarial, o não pagamento de horas extras, viaturas em péssimo estado e entre outros, são alguns dos problemas apontados pelo Coronel Porto. Contudo, a maior reclamação dos policiais é em relação as constantes horas extras. Para o coronel além do desgaste dos profissionais, há também em algumas situações a geração de confronto familiar, já que os policiais em sua maior parte chefes de famílias permanecem grande parte de seu tempo fora de casa.
“Iremos fazer valer a lei Federal que determina a jornada de 40h semanal, uma lei que vem de forma desrespeitosa sendo descumprida
O candidato condena também a ação do ex-secretário de segurança Pública, Josias Quintal, que juntamente com o ex-governador Anthony Garotinho cederam a autorização para que os policias façam bico (serviços-extras). “Sou contra ao bico! Essa foi à forma encontrada pela antiga gestão e mantida pela atual de não ceder para as categorias o aumento salarial. Há cerca de sete anos que as categorias não recebem aumento”, afirmou o candidato.
Analisando a situação da PM no estado e principalmente em Campos, o coronel Porto, destaca que outra “falha” realizada no governo de Anthony Garotinho foi a construção da Casa de Custódia Dalton Castro em Campos. “Casa de Custódia não é função da Polícia. O governo deveria ter se estabelecido. Se não tinha agentes penitenciários capacitados para atender a demanda, eles não deveriam nem abrir a Casa”, salientou o coronel.
Outras mudanças percebidas pelo coronel foram que nos últimos governos os policias pararam de receber fardas gratuitamente. O coronel destaca que além de toda exploração sofrida pelos policiais, houve também uma certa ridicularização da categoria por parte do ex-secretário estadual de segurança pública, como por exemplo, o caso dos policiais que foram obrigados a pintar um muro no Rio de Janeiro, servindo assim de chacota perante à sociedade.
O coronel disse que a Nova Polícia criada pelo ex-governador é enganação. “De nova a polícia não tem nada, permanece na mesma. Costumo dizer que só mudou o rótulo. Para mim a Nova Polícia é uma sigla maldita, uma farsa. Sem estrutura alguma para combater o crime organizado no estado” afirmou.
Para que o candidato do PPS seja eleito é necessário que ele obtenha 40 mil votos. No intuito de alcançar estes números com isso ele está contando com o apoio do presidenciável de seu partido Ciro Gomes. O candidato alega poucos recursos financeiros para investir em sua campanha e por isso está apostando em uma campanha corpo a corpo, visitando todos quartéis dos 92 municípios do estado.
“Se for eleito serei um porta voz destes policiais. Afinal dediquei 35 anos de minha vida à polícia, 22 como praça e 13 como oficial. Eu sei o que eles passam muitas vezes para executar sua profissão dignamente. Além de elaborar projetos que irão reverter à situação vivida pelos policiais hoje, a construção de uma Policlínica no município de Campos, para atender policiais e familiares é outra prioridade, já que em caso de doença eles têm que se deslocar para o Rio de Janeiro”, destacou o Coronel Almir Porto.
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