terça-feira, 1 de junho de 2010

As lutas do Coronel - Pela definição da carga horária dos PMs e BMs


Jn A Cidade 11 ago 2002

Coronel defende 40 horas para PMs

Com uma campanha baseada em poucos recursos, porém com muita disposição, o candidato à Câmara Federal Coronel Almir Porto (PPS), tem como carro chefe de sua candidatura a defesa de benefícios para a Polícia Militar e Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. Para o coronel Porto as melhores condições de trabalho para estas categorias são primordiais e com isso quem saíra ganhando é a sociedade.

Falta de reajuste salarial, o não pagamento de horas extras, viaturas em péssimo estado e entre outros, são alguns dos problemas apontados pelo Coronel Porto. Contudo, a maior reclamação dos policiais é em relação as constantes horas extras. Para o coronel além do desgaste dos profissionais, há também em algumas situações a geração de confronto familiar, já que os policiais em sua maior parte chefes de famílias permanecem grande parte de seu tempo fora de casa.

“Iremos fazer valer a lei Federal que determina a jornada de 40h semanal, uma lei que vem de forma desrespeitosa sendo descumprida em todo Estado do Rio de Janeiro, inclusive no 8º BPM uma situação não só vivida nessa nova gestão, mas também na anterior”, disse o coronel.

O candidato condena também a ação do ex-secretário de segurança Pública, Josias Quintal, que juntamente com o ex-governador Anthony Garotinho cederam a autorização para que os policias façam bico (serviços-extras). “Sou contra ao bico! Essa foi à forma encontrada pela antiga gestão e mantida pela atual de não ceder para as categorias o aumento salarial. Há cerca de sete anos que as categorias não recebem aumento”, afirmou o candidato.

Analisando a situação da PM no estado e principalmente em Campos, o coronel Porto, destaca que outra “falha” realizada no governo de Anthony Garotinho foi a construção da Casa de Custódia Dalton Castro em Campos. “Casa de Custódia não é função da Polícia. O governo deveria ter se estabelecido. Se não tinha agentes penitenciários capacitados para atender a demanda, eles não deveriam nem abrir a Casa”, salientou o coronel.

Outras mudanças percebidas pelo coronel foram que nos últimos governos os policias pararam de receber fardas gratuitamente. O coronel destaca que além de toda exploração sofrida pelos policiais, houve também uma certa ridicularização da categoria por parte do ex-secretário estadual de segurança pública, como por exemplo, o caso dos policiais que foram obrigados a pintar um muro no Rio de Janeiro, servindo assim de chacota perante à sociedade.

O coronel disse que a Nova Polícia criada pelo ex-governador é enganação. “De nova a polícia não tem nada, permanece na mesma. Costumo dizer que só mudou o rótulo. Para mim a Nova Polícia é uma sigla maldita, uma farsa. Sem estrutura alguma para combater o crime organizado no estado” afirmou.

Para que o candidato do PPS seja eleito é necessário que ele obtenha 40 mil votos. No intuito de alcançar estes números com isso ele está contando com o apoio do presidenciável de seu partido Ciro Gomes. O candidato alega poucos recursos financeiros para investir em sua campanha e por isso está apostando em uma campanha corpo a corpo, visitando todos quartéis dos 92 municípios do estado.

“Se for eleito serei um porta voz destes policiais. Afinal dediquei 35 anos de minha vida à polícia, 22 como praça e 13 como oficial. Eu sei o que eles passam muitas vezes para executar sua profissão dignamente. Além de elaborar projetos que irão reverter à situação vivida pelos policiais hoje, a construção de uma Policlínica no município de Campos, para atender policiais e familiares é outra prioridade, já que em caso de doença eles têm que se deslocar para o Rio de Janeiro”, destacou o Coronel Almir Porto.

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