terça-feira, 1 de junho de 2010

A luta continua...

Diante de uma sociedade cada vez mais capitalista, é comum vermos as pessoas utilizando o egoísmo como arma para defender o seu patrimônio. São poucos aqueles que põem o nome em jogo para defender os interesses de uma classe ou de várias classes da sociedade, sem desejar nada para si, apenas pela vontade de ver os direitos alheios conquistados.
Esse trabalho mostra que o Coronel Porto, como homem que foi saído das entranhas da Polícia Militar, viveu e sofreu na carne as amarguras e as dificuldades dos baixos salários, e da ausência de questões que envolvem a administração militar, bem como de pequenas coisas que no dia-a-dia, se somadas poderiam vir a contribuir para aumentar o ego dos policiais, e com isso, aumentar a satisfação pelo trabalho a ser executado.
Não é qualquer um, que vai para os jornais e com a cara e a coragem denuncia os maus-tratos, e a vergonha e a humilhação enfrentada pelos praças de uma corporação. Não é qualquer um que enfrenta duas intimações da Delegacia de Polícia Judiciária, e sai, com a certeza do dever cumprido, relatando e confirmando cada uma das palavras que havia dito em entrevistas aos diversos jornais de Campos e do Rio de Janeiro. Mas o Coronel Porto enfrentou tudo isso, apenas com um propósito, fazer com que os policiais e bombeiros militares, tivessem o respeito e a dignidade daqueles que dirigiram, dirigem e dirigirão os destinos do nosso Estado.
E é com suas palavras, já descritas acima, e ditas certa vez para um repórter de um jornal dessa cidade que encerramos “A Trajetória de um Vencedor”, “luto pelos Praças porque lamentavelmente não podem reivindicar nada. O direito deles é o direito de não ter direito. (...) Como já passei por essa experiência, hoje na condição de oficial superior, faço por eles o que nunca encontrei na minha época, oficial que fizesse pelos “Praças”, dias melhores. Sinto-me realizado por ter feito algo em prol de um companheiro ou companheira, como a Policlínica do CBMERJ. Eu dei o pontapé inicial, foi uma vitória saber que tive uma participação indireta. Luto e continuo lutando, às vezes sem glória, mas com a certeza do dever cumprido. Sempre serei um defensor ferrenho dos meus companheiros e companheiras de PMERJ e CBMERJ”.

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