Esse trabalho mostra que o Coronel Porto, como homem que foi saído das entranhas da Polícia Militar, viveu e sofreu na carne as amarguras e as dificuldades dos baixos salários, e da ausência de questões que envolvem a administração militar, bem como de pequenas coisas que no dia-a-dia, se somadas poderiam vir a contribuir para aumentar o ego dos policiais, e com isso, aumentar a satisfação pelo trabalho a ser executado.
Não é qualquer um, que vai para os jornais e com a cara e a coragem denuncia os maus-tratos, e a vergonha e a humilhação enfrentada pelos praças de uma corporação. Não é qualquer um que enfrenta duas intimações da Delegacia de Polícia Judiciária, e sai, com a certeza do dever cumprido, relatando e confirmando cada uma das palavras que havia dito em entrevistas aos diversos jornais de Campos e do Rio de Janeiro. Mas o Coronel Porto enfrentou tudo isso, apenas com um propósito, fazer com que os policiais e bombeiros militares, tivessem o respeito e a dignidade daqueles que dirigiram, dirigem e dirigirão os destinos do nosso Estado.
E é com suas palavras, já descritas acima, e ditas certa vez para um repórter de um jornal dessa cidade que encerramos “A Trajetória de um Vencedor”, “luto pelos Praças porque lamentavelmente não podem reivindicar nada. O direito deles é o direito de não ter direito. (...) Como já passei por essa experiência, hoje na condição de oficial superior, faço por eles o que nunca encontrei na minha época, oficial que fizesse pelos “Praças”, dias melhores. Sinto-me realizado por ter feito algo em prol de um companheiro ou companheira, como a Policlínica do CBMERJ. Eu dei o pontapé inicial, foi uma vitória saber que tive uma participação indireta. Luto e continuo lutando, às vezes sem glória, mas com a certeza do dever cumprido. Sempre serei um defensor ferrenho dos meus companheiros e companheiras de PMERJ e CBMERJ”.
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