terça-feira, 1 de junho de 2010

A Dama de Ferro


Diante da crise instalada no País, baseado no escândalo do pagamento de propinas aos deputados federais em Brasília, abro um espaço, para fazer uma reverência a esta mulher que vindo da camada mais humilde da sociedade, conseguiu galgar os postos públicos de Vice-Prefeita, Deputada Estadual e Senadora pelo Partido dos Trabalhadores. A professora e enfermeira licenciada sempre atuou na defesa dos interesses coletivos, bem como da ética pública, combatendo também a exclusão social que jogou no desespero milhares de trabalhadores.
Ela passou a ser uma figura pública inspiradora de nova credibilidade na desgastada imagem política nacional, quando foi expulsa pelo seu partido ao combater a subserviência brasileira em relação ao FMI.
Mas por quê abro um espaço para essa homenagem?
É porque ela faz parte de um grupo seleto de pessoas que por amor ao próximo, pela ética e conduta moral irrepreensível, combate as oligarquias públicas que procuram imiscuir-se dos seus reais propósitos, o de legislar em prol da população brasileira, principalmente aquela que não tendo condições de gritar e mostrar a sua insatisfação ao descaso político, de um sem-número de Deputados, Senadores e até mesmo de Governadores.
Para quem não conhece o seu passado, ela em um discurso no Senado Federal, revelou, (...) “Prometi a D. Helena, uma mulher valente, que ficou órfã de pai e mãe com 14 anos de idade, criou os onze irmãos no cabo da enxada e me ensinou as mais belas lições de solidariedade e me deu belíssimas lições de coragem também. (...) Difícil nem foi quando eu tinha de passar noites de Natal num quartinho de empregada, (...) quando minha mãe, analfabeta, pobre e trabalhadora, tinha de trabalhar nas casas ricas de Maceió, quando não podíamos passar da porta da cozinha. (...) Tenho de me sentir feliz, porque não estou compartilhando com a suposta coexistência pacífica e cínica entre carreiristas obcecados, entre neoliberais de carteirinha, entre prisioneiros dos cárceres do poder, porque sou uma mulher livre – e sei que a liberdade ofende! A liberdade ofende os prisioneiros dos cárceres do poder, os que têm de se justificar, os que têm de abrir mão das suas convicções!”.
Somente quem enfrenta dificuldades na vida, é que conhece o real valor das aspirações do povo brasileiro. Somente quem veio de tão baixo, que galgou e alcançou postos e profissões a custo de sacrifício é que compreende o grito de clamor de um povo tão sofrido e humilhado. E é por isso, que resolvi dedicar esta página a Senadora Heloisa Helena do P-Sol (Partido Socialismo e Liberdade), porque ela e o Coronel Almir Porto, possuem um passado de vida e dificuldades similares.

Nenhum comentário:

Postar um comentário